São duas flores unidas
São duas rosas nascidas,
Talvez, do mesmo arrebol,
Vivendo do mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.
Unidas bem como as penas,
Das duas asas pequenas,
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde num frouxo véu.
Unidas, bem como os prantos,
Que em parrelha descem tantos,
Das profundezas do olhar,
Como o suspiro e o desgosto
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.
Unidas... Ai quem pudera,
Numa eterna primavera,
Viver qual vive esta flor,
Juntar as rosas da vida,
Na verde rama e florida,
Na verde rama do amor!
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